Resultado da análise de amostras do Campo Escola da Barra da Lagoa 5


Em julho de 2018, associados da ACEM coletaram cinco amostras de material depositado na superfície da rocha no Campos Escola da Barra da Lagoa. As coletas foram feitas próximas a cinco chapeletas em aço inox em diferentes pontos da parede (ver fotos) e enviadas ao Dave Reeve do Anchor Corrosion Group da UIAA, na Austrália.

Cinco pontos onde foram coletadas amostras no setor principal do Campo Escola da Barra da Lagoa. (Foto: Climbing Floripa)
Ponto onde foi coletada a amostra no setor caveira do Campo Escola da Barra da Lagoa. (Foto: Climbing Floripa)

Este trabalho faz parte dos esforços da UIAA em compreender melhor os efeitos corrosivos em ancoragens à beira-mar, em particular a fragilização por corrosão sob tensão (SCC). No início de abril de 2020 recebemos de volta os resultados da análise (ver figuras).

Resultados relativos da composição química das amostras coletadas na superfície da rocha. (Imagem: cortesia de Dave Reeve)
Resultados absolutos da composição química das amostras coletadas na superfície da rocha. (Imagem: cortesia de Dave Reeve)

O que estes dados mostram?

“O Campo Escola é uma falésia costeira muito benigna do ponto de vista químico. Não há nenhum sinal da atividade sulfúrica (enxofre) que parece estar na base de todos os problemas graves de corrosão dos parabolts.”

O resultado parece positivo para a segurança do uso de material de aço inox na costa de Florianópolis e possivelmente na costa brasileira onde as condições são semelhantes. Todavia, ressaltamos que os trabalhos não estão finalizados e não afirma-se categoricamente que apenas as regiões com a presença de enxofre estão sujeitas a este tipo de corrosão.

Local de coleta da amostra na via Sobre as Ondas. À esquerda da chapelela há quatro marcas esbranquiçadas que indicam os cantos da superfície onde foi feita a coleta. Note na chapeleta os depósitos de sal.

Além das amostras, ainda foram enviadas algumas chapeletas retiradas dos locais de coleta (ver foto). As chapeletas ainda serão analisadas para verificar a presença de sulfuretos metálicos que já foram encontrados depositados nos espaços anaeróbicos entre a chapeleta e a rocha quando há um processo bacteriano ativo que reduz sulfato.

Algumas das amostras que foram enviadas para análise.

Agradecemos os envolvidos na coleta e análise do material. Lembramos que todos fazem esse trabalho voluntariamente.


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